Esse blog vem recebendo constantemente denúncias e críticas sobre a atual conjuntura da saúde do município de Orobó. Não é de hoje que o setor SAÚDE é alvo de críticas e causa polêmicas. Basta que relembremos o dia 11/02/2017, quando o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN-PE) interditou os 10 PSF’sda cidade por constatar irregularidades.
Segue o link:
Porém, parece que a gestão municipal ainda não entendeu a importância desse setor e mesmo num momento tão importante e difícil, como o que estamos passando, os erros antigos persistem (por exemplo: domingo dia 24/05/2020, recebemos a informação que no Hospital Severino Távoradurante o plantão não havia enfermeiros, só os técnicos de enfermagem, um prática constante e irregular já que os técnicos não podem atuar sem a supervisão de um enfermeiro). Além disso, outros novos vêm à tona em plena pandemia. Tudo leva a crer que outro vírus se alojou no coração e na mente dos que fazem a gestão do nosso município: a insensibilidade.
Após algumas mensagens recebidas, esse blog foi apurar os fatos e foi surpreendido com a informação que nos PSF's existem profissionais até o presente momento ativos no sistema CNES (Cadastro Nacional De Estabelecimentos De Saúde), ou seja, para o Ministério da Saúde, quase todos os PSF's de Orobó contam com uma equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, dentistas, auxiliares de saúde bucal, e mais algumas classes de profissionais, QUE DEVERIAM ESTÁ ATUANDO durante os 12 meses de todos os anos, porém a realidade é outra, os profissionais de saúde estão ativos, mas não estãoefetivamente trabalhando e nem recebendo por isso, afinal os contratos são encerrados no mês de novembro/dezembro de cada ano e renovados em meados de março. Sendo assim, os PSF’s ficam com serviços parados e quem sofre é a população, mas repito para o Ministério da Saúde a informação passada é que tudo está funcionando normalmente.
1- Os nomes dos profissionais foram apagados para preservar suas identidades
2- 2- Essas fotos são apenas algumas, as demais podem ser acessadas no link que segue: http://cnes.datasus.gov.br/pages/profissionais/consulta.jsp
Perante esse cenário, inevitavelmente surge o questionamento:
• PRA ONDE ESTÁ INDO O DINHEIRO DESTINADO AO PAGAMENTO DESSES PROFISSIONAIS?
• OROBÓ TAMBÉM SERÁ CONHECIDA COMO CIDADE DO FUNCIONÁRIO FANTASMA?
Com esse olhar, averiguamos também que enquanto em Orobó a realidade é essa, nas cidades vizinhas, a saúde está atuando com equipes multidisciplinares para atender às necessidades da população e criar políticas públicas de enfrentamento ao covid 19, sem contar que todos os serviços continuam sendo desenvolvidos em caráter de urgência, afinal, não é só o coronavírus que mata. Nosso povo pode apresentar uma urgência/emergência dental, ou sofrer algum acidente e precisar de fisioterapia, ou precisar de uma dieta em caráter emergência, dentre outros inúmeros problemas que podem surgir.
É importante lembrar que, nesse momento, devemos nos preocupar, sobretudo com vidas e o que fazer para melhorar as condições de vida das pessoas, e a prioridade mundial é com a saúde, e nos deparar com essas situações realmente nos deixa preocupados, alarmados e revoltados! Mas, para nossa gestão o que importa são as OBRAS, obras essas que sequer fazem parte do processo de saúde. Seria por que através de obras existem superfaturamento? Ou por que estamos em ano de eleição? Cabe refletirmos...
A saúde de Orobó está na UTI! Quase parando! São situações inadmissíveis!